cadeira 10

 

Cadeira 10 - DR. FERNANDO PAULINO SOARES DE SOUZA

(1906-1990)

Nascido no Rio de Janeiro, em sua família constam vários cirurgiões. O pai, Augusto Paulino Soares de Souza e seu irmão Augusto Paulino Soares de Souza Filho foram professores de Cirurgia. Seu sobrinho Augusto Paulino Soares de Souza Neto é cirurgião ortopedista do Hospital Miguel Couto.

Tornou-se médico em 1928 pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, atualmente Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Principiou sua carreira como cirurgião na 15.ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia, junto a seu pai, Prof. Augusto Paulino.

Foi cirurgião do Hospital Souza Aguiar, diretor e Chefe do Setor de Cirurgia Torácica do Hospital Torres Homem, Chefe do Serviço de Cirurgia Geral da Policlínica Geral do Rio de Janeiro.

Foi professor livre-docente em Cirurgia pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. Em 1968, recebeu o título de Professor Honoris Causa da mesma Universidade.

Foi o único médico brasileiro a ser eleito para a Sociedade de Cirurgia da União Soviética. Foi membro da American Surgical Society e Fellow do American College of Surgeons, sendo posteriormente honrado com o honorary fellowship. Tornou-se também membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões e de outras sociedades médicas.

Em 1962, tornou-se membro titular da Academia Nacional de Medicina, secção de cirurgia, cadeira 39, cujo patrono é Augusto Paulino Soares de Souza, seu pai. Passou a ser membro emérito desta Academia em 1988, sendo substituído na cadeira 39 por Augusto Paulino Soares de Souza Netto, seu sobrinho

Autor de centenas de trabalhos publicados, entre artigos, capítulos de livros e livros. Entre estes, um livro sobre cirurgia torácica (1945) e outro sobre organização e funcionamento do centro cirúrgico (1957).

Como realizações de eminente destaque, Fernando Paulino foi criador e Chefe do Departamento de Cirurgia da Casa de Saúde São Miguel onde exerceu sua clínica particular. Criou ali um curso de pós-graduação de residência médica em cirurgia geral. Centenas de médicos tiveram treinamento sob sua orientação. Foi, ali, um professor sem cátedra, mas reconhecidamente exímio e de notório saber. A admissão a seu curso de residência médica foi intensamente disputado por grande número de médicos interessados em cirurgia geral. Seus ex-alunos e ex-residentes eram bem acolhidos nos serviços de cirurgia em todo o País e tidos como profissionais de alta competência. Promovia anualmente as chamadas reuniões dos discípulos do professor Fernando Paulino, as quais eram honradas por mais de trezentos participantes à época.

(Fonte: Academia Nacional de Medicina; http://anm.org.br/conteudo_view.asp?id=320)