cadeira 38

Cadeira 38 - DR. JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA

(1902-1976)

 

Nasceu em 12 de setembro de 1902, em Diamantina, Minas Gerais. Filho de João César de Oliveira, caixeiro-viajante, e Júlia Kubitschek, professora. Teve uma infância pobre. O pai faleceu por motivo de tuberculose quando Juscelino tinha 3 anos de idade.

Numa brincadeira de infância, feriu um dos pés, e o médico que o atendeu, em vista do excelente grau de qualidade de atendimento, teria o influenciado a escolher medicina como profissão. Formou-se, então, em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais em 1927. Por motivo de suas dificuldades financeiras trabalhou como auxiliar de telegrafista em Belo Horizonte para manter-se durante seus estudos universitários. Em 1930, viajou para Paris, França, onde fez estudos sobre cirurgia e especializou-se em Urologia. Em Berlim, Alemanha, fez curso de aperfeiçoamento médico no Hospital Charité. Fez outras viagens pela Europa e visitou a Tchecoslováquia, terra de seu avô por parte de mãe e de quem herdou o nome estrangeiro.

Retornou ao Brasil em 1931. Casou-se com Sarah Gomes de Souza Lemos, filha do deputado federal Jaime Gomes de Sousa Lemos. Em 1932, foi eleito para o cargo de Capitão Médico da Polícia Mineira onde conquistou grande admiração pelos serviços prestados durante a Revolução Constitucionalista de 1932. Em 1934, foi eleito deputado federal. Perdeu o mandato com o advento do Estado Novo estabelecido por influência de Getúlio Vargas. Dedicou-se, então à medicina com um consultório particular. Benedito Valadares tornou-se Presidente do Estado de Minas Gerais e nomeou-o como seu chefe de gabinete. Em 1940, tornou-se prefeito de Belo Horizonte. Criou o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer, que futuramente, ao lado de Lúcio Costa, iriam arquitetar Brasília.

Em 1945, foi reeleito deputado federal após o fim do seu mandato como prefeito. Em 1951, tornou-se governador de Minas Gerais. Ao término de seu mandato, em 1955, concorreu e ganhou a disputa pela Presidência da República, mandato que exerceu de 1956 até 1961, durante o qual construiu Brasília, implantou a indústria automobilística, impulsionou a construção das usinas hidrelétricas de Três Marias e de Furnas e a construção de rodovias.

Tornou-se senador por Goiás em 1962. Com a Revolução de 1964, perdeu o mandato e exilou-se em Nova Iorque, depois, Paris e outras outras cidades. Dedicou-se ao trabalho como empresário.

JK veio a falecer aos 74 anos, no dia 22 de agosto de 1976. Viajava de São Paulo para o Rio de Janeiro quando o veículo em que estava envolveu-se em um acidente que lhe foi fatal.

Em Brasília, em sua homenagem, encontra-se um museu, o Memorial JK, a ele dedicado. Constituiu-se em um expressivo exemplo de médico voltado com eficiência às áreas administrativas. Por sua forte influência, em 1957, surgiu a Lei 2.368, regulamentada pelo Decreto 6.821/1958, que estabeleceu definitivamente o funcionamento das instituições voltadas à ética médica, como os Conselhos Regionais e o Conselho Federal de Medicina com consequente criação do Código de Ética Médica nos moldes básicos que estão ainda presentes nos dias atuais. É oportuno acrescentar algumas das suas frases que pautaram seu comportamento: Costumo voltar atrás sim. Não tenho compromisso com o erro. O otimista pode até errar, mas o pessimista já começa errando. Não nasci para ter ódio, nem rancores, nasci para construir. Sereis tanto mais influentes quanto mais fordes corretos e justos.

(Fontes: portaldaurologia.org.br/medicos/pdf/historia/livro-jk.pdf \ https://jk.cpdoc.fgv.br/biografia/juscelino-kubitschek)