Ernesto Silva

 Quando estava no Rio de Janeiro, no Hospital São Zacarias de Pediatria, notei que cada instituto tinha um hospital, um ambulatório. O usuário que estivesse do lado do Hospital do IAPTEC, por exemplo, se fosse comerciário, não poderia usá-lo. Teria que ir ao Hospital dos Comerciários, no Leblon. A ideia de que o usuário não pudesse usar o hospital ao lado da sua casa sempre me atormentou. Se tudo é do governo, por que não se fazia uma coisa só? E isso me veio à mente aqui em Brasília.

 Quando estava na Novacap, cada diretor tinha uma função de acordo com suas habilidades. Sayão cuidava da questão de obras, um representante da oposição era encarregado da contabilidade. Fiquei com saúde, educação, assistência social e mais três departamentos: pessoal, imobiliário e material. No campo de departamento imobiliário, vendíamos terrenos e, quando um instituto solicitava espaço para fazer um hospital, não o dávamos, porque não havia lugar para ele. Dentro do plano Bandeira de Mello, tínhamos que colocar cada hospital distrital de acordo com determinado grupo por população. Em cada Asa havia um hospital distrital e, depois, o Hospital de Base.

 

*Leia esta palestra na íntegra nos Anais 1989-201página 27