PALESTRA:
ESPAÇO DE EXPERIÊNCIA E HORIZONTE DE EXPECTATIVA: PASSADO E FUTURO DA ACADEMIA DE MEDICINA DE BRASÍLIA
(Sessão Plenária ocorrida em 7/6/2011)

 

PALESTRANTE:
Acadêmico Marcus Vinicius Ramos

 

 Experiências e expectativas interagem na academia desde a fundação da primeira delas, nas cercanias de Atenas.Não há evidências históricas a respeito da data precisa de fundação da Academia por Platão, mas é geralmente aceito que seu início coincidiu com seu retorno da Sicília, no início do século IV a.C. A Academia não era aberta ao público nem representava uma “escola”, na medida em que não havia distinção entre alunos e professores, mas, sim, entre os mais jovens e os mais experientes. A Academia de Atenas tampouco tinha uma doutrina particular a ensinar – os problemas eram apresentados para serem estudados e resolvidos diretamente pelos seus membros. Os temas discutidos provavelmente eram tópicos filosóficos e possivelmente incluíam também temas relacionados à matemática e à astronomia. Essa primeira Academia funcionou continuamente até 86 a.C. (quando foi destruída por Sila) e de forma intermitente nos séculos seguintes, até ser fechada definitivamente por Justiniano, no ano 529 de nossa era.

A restauração da Academia precisou esperar o Renascimento, período que corresponde, grosso modo, à transição entre a Idade Média e Moderna. A partir desse movimento surgiram “Academias” em Roma e Florença, que procuravam reproduzir, na medida do possível, as tradições da Academia de Platão. De um modo geral, não passavam de um pequeno grupo de pessoas ligadas à hierarquia da Igreja que se dedicavam a discussões literárias, sem maiores preocupações em desenvolver uma análise mais crítica desses textos.

 

*Leia esta palestra na íntegra nos Anais 2010-201página 51