DIRETRIZES CLÍNICAS COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO QUALIFICADA E HUMANIZAÇÃO NA PRÁTICA MÉDICA

Sessão Plenária ocorrida em 26/06/2018

 

  PALESTRANTE

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ACAD. DRA. ELISA DE CARVALHO – Médica Pediatra da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal, atuando nas áreas de Gastroenterologia e Hepatologia Pediátricas; Mestre (1999) e Doutora (2005) em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília – UnB.

ACAD. DR. MARCUS VINÍCIUS RAMOS – Eu tenho uma alegria muito grande de convidar a nossa palestrante de hoje, Dra. Elisa de Carvalho, para abrir a nossa Sessão Plenária. Ela faz parte da nossa Academia; é graduada, Mestre e Doutora pela Universidade de Brasília; é professora; é médica da Secretaria de Saúde do Distrito Federal; tem uma atividade muito importante no Hospital da Criança de Brasília; e vai falar conosco hoje sobre “Diretrizes Clínicas como Instrumento de Gestão Qualificada e Humanização da Prática Médica”.

 

ACAD. DRA. ELISA DE CARVALHO – Boa noite a todos! Inicialmente, gostaríamos de agradecer ao Dr. Marcus Vinícius a oportunidade de estarmos aqui hoje conversando sobre as “Diretrizes Clínicas como Instrumento de Gestão Qualificada e Humanização na Prática Médica”, que é um tema muito atual e importante. Nessa apresentação, teremos como objetivos: definir porque essas Diretrizes foram elaboradas, como elas foram construídas, como os temas foram escolhidos, por que nós escolhemos esse caminho, e, ao final, citaremos também outras ferramentas de gestão que nós estamos usando. Então, a primeira pergunta é: Por que nós estamos aqui hoje falando sobre Diretrizes?  Na verdade, essa história começou há mais de 50 anos, quando foi inaugurado o Hospital Distrital de Brasília – HDB, como anteriormente era chamado o Hospital de Base do Distrito Federal – HBDF, coincidindo com o início de Brasília. O 7º andar do Hospital foi destinado à Unidade de Pediatria e, desde essa época, já havia uma preocupação com o Ensino, não apenas com a Assistência. Aqui temos uma foto histórica da turma dos Médicos Residentes e o Dr. Oscar Mendes Moren, pioneiro, abrindo a Assistência e o Ensino. Alguns marcos históricos ocorreram nessas décadas que se passaram. Na década de 70, houve a mudança do nome do Hospital Distrital para Hospital de Base, já significando o início da hierarquização do Sistema Único de Saúde – SUS. Depois, na década de 80, a Pediatria foi a pioneira em ser “terciarizada”, sendo, então, fechado o Pronto-Socorro Pediátrico. Nesta época, nós éramos Residentes dos Serviços e vivenciamos isso. Foram criadas as Especialidades Pediátricas e outros Serviços de Apoio Assistencial e nós formamos uma das primeiras turmas que fizeram as especialidades.  De modo condizente com essa nova proposta, foi extinta a Residência Médica de Pediatria e iniciado um treinamento nas Especialidades Pediátricas. Mas, a superpopulação, que víamos fora da cidade, nós começamos a vivenciar no HBDF, pois dos dez andares de internação do Hospital de Base, a Pediatria tinha apenas um, para todas as especialidades, para a Unidade Semi-Intensiva, para a Classe Escolar, para Diária Expectorial e etc. Ele estava “ficando pequeno” e nós tínhamos que sobreviver de alguma forma.

 

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