dr ginani

Uma Imersão na História para Compartilhar Experiências e Avançar  no Tempo

Acad. Emérito Francisco Floripe Ginani

 

"Esquecer é uma tragédia. Mas acho que o

problema são as lembranças pela metade."

Peter Brown

 

Assumimos com a vida a responsabilidade de deixar um legado. Esse objetivo poderá se realizar sob várias formas, seja no modo de uma riqueza patrimonial, de uma contribuição intelectual ou por realizações em benefício de pessoas ou da sociedade. Nos ditames de Pascal Buckner,1 é essa última concepção que fará a diferença entre aqueles que viveram e aqueles que duraram. Hanna Arendt,2 por sua vez, acrescenta que se os mortais conseguissem dotar suas ações e palavras de alguma permanência, retirando delas o seu caráter perecível, talvez essas coisas penetrassem no mundo daquilo que sempre dura e nele se fixassem. Assim, os próprios mortais encontrariam o seu lugar no cosmo, onde tudo é imortal exceto os homens.

Ao considerar nossa existência com fatos que precisam ser mantidos na nossa lembrança, devemos, ao nos confrontarmos com a sua permanência, nos afastar dos inconvenientes que a põem em perigo, como o sentimento nostálgico de um passado que não existe mais e a expectativa de um futuro que ainda não chegou. Johan Huizinga,3 com sutileza, nos conforta dizendo que a origem do novo é aquilo que nosso espírito procura no passado.

O trabalho profissional objetivando o bem coletivo não deve se restringir a um desiderato único e pessoal. Deve seguir regras institucionais, fatores de liderança, relacionamento funcional e principalmente as condições sociais, culturais e políticas ditadas onde o processo se realiza. Nada poderia ser construído sem o envolvimento da “expressão de uma ideia ou de um programa para legitimar”. Temos como motivação determinante que a preparação profissional para o exercício de uma liderança se apoia na mesma estrutura edificada objetivando o alcance da formação de uma especialidade médica. Os meandros do processo estão ligados a época em que o programa se desenvolveu e as circunstâncias que o inspiraram.

Conduzidos em outra dimensão, como nos ensina Luc Ferry,4 devemos estar preparados para reconhecer que além do campo, além do conhecimento do mundo e da história a qual nossa existência acontece, precisamos nos interessar pelos outros humanos, por aqueles com os quais vamos atuar. É fato que com essa abertura nos conscientizamos que por não estarmos sós, o simples processo de educação mostra que não poderíamos simplesmente nascer e subsistir sem a ajuda de outros humanos. Cabe, nessa perspectiva, indagar como deve se estabelecer o convívio, que regras adotar, como nos comportar de modo transparente, útil, digno e de maneira justa, em nossas relações com esses outros.

Eticamente, devemos procurar apoio nos conceitos de Hanna Arendt, fortalecendo a concepção de que não se trata de realizar ações épicas e gloriosas para se tornarem objetos de narrativas, porque o traço escrito tem como principal virtude vencer, de algum modo, a efemeridade do tempo. Temos a consciência dos homens serem perecíveis, e como consequência, também suas obras, ações e palavras, atingidas naturalmente pela mortalidade de seus autores. Valemos pelo que fizemos e fazemos. Seguindo os ensinamentos de Zaratustra,5 nos conformamos pela convicção de que a grandeza do homem consiste em ser uma ponte e não um fim, que o tempo é passagem, além do próprio horizonte de vida.

Apegados a essa verdade, nos inteiramos da nossa responsabilidade para com as futuras gerações, limitadas por um período de tempo. Nada é construído de uma forma definitiva, o que nos faz recorrer a Archibald Wheeler 6 quando nos sinaliza “que tempo é o que impede tudo acontecer de uma vez”, ditando a necessidade de um modelo de sucesso ter o dever de continuar. Concebemos que passado, presente e futuro são parte de um continuum e o que tentamos dizer, portanto, poderia permitir previsões e recomendações para o futuro. Ao rememorar a história de fatos passados, não estamos meramente tentando lhes um significado material retrospectivo, que nem sempre ocorreu: estamos tentando mais genericamente explorar uma dimensão desconhecida do passado. O objetivo de todos esses exercícios não é simplesmente revelar o passado, mas torná-lo explícito, e ao fazer isto, fornecer um elo com o presente. A história deve partir do que aconteceu e o esforço de fazê-la conhecida torna indispensável sua divulgação. A conexão com o presente é manifestada com clareza no processo de conhecer o passado, o que por sua vez ajuda a compreender como esse se converteu naquele.

 

A Nossa História

 

A escolha da Unidade Integrada de Saúde de Sobradinho – UISS, como um centro de ensino e da prática da medicina integral veio ao encontro dos anseios que permeavam a minha inclinação profissional de exercer a medicina. Justifica-se assim, a minha adesão ao programa de treinamento em cirurgia daquela instituição, tornando-me, com elevada honra o privilégio, o seu primeiro aluno. Esse acontecimento teve consequências na minha prematura trajetória profissional, quando de forma inesperada fui convidado pelo chefe de cirurgia, Prof. Hélio Ferreira Barbosa, a continuar prestando a minha colaboração ao ensino da medicina, agora na qualidade de professor assistente da Universidade de Brasília.

A filosofia de ensino da cirurgia que se buscava na faculdade de medicina consagrava a busca da integração de um perfil generalista do cirurgião estruturada em bases de formação clínica. O hospital estava no alvorecer da sua consolidação como instituição de ensino, tendo um quadro docente heterogêneo e buscava construir a sua identidade acadêmica. Aos desafios e às dificuldades próprias de um processo de implantação de um programa de ensino inovador, somava-se o inusitado de lidar com um diagnóstico nosológico de patologias com escassa experiência profissional.

Apontamos a pouca experiência de todos os cirurgiões envolvidos com as frequentes manifestações clínicas e as buscas de soluções no manejo das formas digestivas que acometiam os pacientes portadores da Doença de Chagas. Em consonância com os interesses do desenvolvimento do serviço de cirurgia, da prática do ensino e da realização de pesquisas, fui designado a procurar iniciativas que se coadunassem com esses objetivos.

Uma primeira etapa desse projeto foi desenvolvida no Serviço de Coloproctologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC). Sob a coordenação e chefia do Prof. Daher Elias Cutait, fui orientado a seguir as melhores práticas do ensino e pesquisa na área. O corpo clínico do HC era composto dos mais destacados cirurgiões e pesquisadores daquela universidade. Ato contínuo, devido a concordância do Hospital São Marcos de Londres em atender a uma solicitação destinada a realizar estudos de doutorado junto àquela instituição, desloquei-me prontamente para aquele centro com a finalidade explicitada.

A orientação e desdobramento das etapas do programa junto a Universidade de Londres estava sob orientação do professor Charles V. Wann. Esse período proporcionou extraordinário avanço no alcance dos objetivos almejados e traçados no nosso preparo científico e técnico. A pesquisa laboratorial foi desenhada no estudo das respostas farmacológicas de segmentos do intestino grosso mantidas em condições fisiológicas após o paciente ser submetido a extração do órgão. Ao retornar ao país, buscamos implementar na UISS modificações na prática do ensino médico, inspirado por uma metodologia diferente, adaptada as condições que se apresentavam. A transferência do programa de ensino para o Hospital Universitário de Brasília (HUB) proporcionou melhores expectativas para se estabelecer um programa de ensino especializado assentado em bases verdadeiramente científicas.

O hospital já tinha uma estrutura incipiente de prática e ensino da cirurgia colorretal através de um programa de residência em implantação. O que se desenvolveu a seguir foi estabelecer normas e rotinas prioritárias que visassem promover uma dinâmica de funcionamento lógica e exequível. As diretrizes e normas implantadas para a admissão dos residentes, com pretensão a formação cirúrgica especializada obedecia a critérios rígidos com exigência em formação em cirurgia geral no mínimo por dois anos. Essa estrutura requeria um bom caráter e comprometimento do residente com o projeto de ensino apresentado, dedicação exclusiva, manifestações de liderança e aptidão para aderir ao programa.

O modelo de ensino traçado disponibilizava, de forma hierarquizada, atividades supervisionadas no hospital, no centro cirúrgico, ambulatório e áreas de complementação do ensino. O interesse multidisciplinar do aprendizado era demonstrado nas reuniões regulares com as disciplinas de clínica médica, patologia clínica, radiologia, cirurgia geral e oncologia. Revisões e atualizações bibliográficas eram feitas semanalmente.

Dois fatores impulsionaram de forma insofismável o nível de prática e ensino da especialidade, que foram a introdução da videocolonoscopia e a criação do serviço especializado sob a responsabilidade da enfermagem da assistência ambulatorial ao paciente ostomizado através do chamado Clube dos Ostomizados. A pesquisa clínica era fortemente estimulada com avaliações críticas e propositivas dos métodos empregados no desempenho do serviço.

A evolução natural com um comprometimento tão acentuado com a qualidade do ensino, determinou a necessidade previsível do aprimoramento do corpo docente. Os professores Paulo Gonçalves e João Batista de Souza, de uma forma comprometida e dedicada aos interesses pedagógicos e imbuídos pelo elevado espírito de dedicação ao ensino e pesquisa da nossa Faculdade de Medicina, foram designados para atender em sequência os cursos de mestrado e doutorado junto a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Dessa forma concluiu-se outra etapa do nosso planejamento, que abriu posteriormente a oferta da pós-graduação acadêmica com o preparo de novos docentes e pesquisadores. 

A preocupação em prover o hospital, Serviço de Coloproctologia e todos os envolvidos no desenvolvimento no programa de ensino e aprendizagem que integravam, proporcionou iniciativas que além de beneficiar a si mesmo trazia para a comunidade médica de Brasília relevantes oportunidades médico-cientificas. É importante dar ênfase aos cursos inovadores em cirurgia promovido pelo Serviço de Coloproctologia do HUB como o do emprego dos grampeadores anastomóticos na cirurgia colorretal. A participação em Cincinnati, nos Estados Unidos da América (EUA), de um treinamento básico em cirurgia minimamente invasiva, nos deu entusiasmo e motivação para promover as primeiras iniciativas e divulgação do emprego do método que revolucionou a cirurgia mundial.

O Sucesso e as Repercussões de um programa de Ensino Planejado

Um projeto assim formatado e posto em rigorosa execução não tardou a expor a instituição hospitalar e os participantes envolvidos numa natural e meritória evidência. Fazendo justiça a essa narrativa, destacamos a integração e dedicação de todos envolvidos na ação. Ressaltamos, a importância e o apoio de autoridades e líderes da administração hospitalar, quando relevamos com toda justiça o do Dr. Rui Archer, dedicado diretor do HUB, a quem não poderíamos deixar de prestar um pleito de gratidão. Foram compreensíveis e naturais os acontecimentos que se desenrolaram a partir de então. O serviço ao realizar encontros, jornadas e cursos, trouxe para si a atenção da comunidade médica do DF, promovendo uma verdadeira integração social e médica. Trabalhos de configuração técnico-científica foram produzidos por meio da pesquisa clínica e apresentado em encontros médicos nacionais e internacionais.

Convites para exercer consultoria junto a instituições nacionais de ensino, pesquisa e saúde foram se sucedendo, havendo então estreita colaboração junto ao Ministério da Educação quando da implementação do Sistema de Ensino e Treinamento em Serviço – Residência Médica. Nessa ocasião foram designadas: 1) a coloproctologia, como uma das especialidades a serem ofertadas; 2) colaboração junto ao Ministério da Saúde na comissão que visava implantar novos medicamentos e tecnologias; 3) a Secretaria de Saúde do DF para colaboração na implantação de políticas de saúde; 4) por último, parceria com a rede Sarah Kubitschek colaborando para melhorar as condições de saúde dos pacientes neurologicamente comprometidos na sua função intestinal. Somou-se a esses feitos a decisiva e fundamental ação do serviço de coloproctologia junto aos poderes do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), hoje substituído pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Essa ação conseguiu com sucesso tornar acessível o emprego dos grampeadores na confecção das anastomoses intestinais como equipamento padrão nos hospitais públicos brasileiros.

Não menos importante da consciência do ocorrido foi a convocação do Conselho Federal de Medicina para discutir em conjunto com a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, a pretensão desta Entidade ter exclusividade na prática das videocolonoscopias por seus afiliados. Depois de arrastados e emocionantes debates, prevaleceu a racionalidade e o reconhecimento das razões dos coloproctologistas. À medida que a progressão das rotinas e as propostas que o Serviço de Coloproctologia iam sendo implementadas, maior atenção era dirigida às suas iniciativas.  O ponto de destaque neste trabalho foi observado quando Brasília foi escolhida como sede do Congresso Brasileiro de Coloproctologia, acontecimento de destaque nacional e internacional com repercussão até o presente momento. Com a responsabilidade de realizar um evento dessa magnitude e simultaneamente responsabilizar-se pela administração da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP) em um período de 12 meses, a tarefa assumiu proporções gigantescas e se constituiu num desafio perturbador.

Considerando as limitações impostas, operamos no sentido de estender o mandato da diretoria, atuar no controle e qualidade da residência da especialidade e oferecer complementação profissional a jovens especialistas a sua formação científica com fornecimento de bolsas de estudo. Prestigiamos com merecimento a coloproctologia de Brasília, fundando a sociedade local, um marco seminal no desenvolvimento dessa especialidade em nossa cidade. O continuado interesse e a dedicação no desenvolvimento e na evolução do ensino e da prática da coloproctologia no HUB não sofreram diminuição em dedicação e trabalho. Pelo contrário, novamente Brasília e o Serviço de Coloproctologia do Hospital Universitário foram contemplados com a escolha da capital para sediar um novo congresso nacional da especialidade. Dessa vez, o professor Paulo Gonçalves foi escolhido, e Brasília novamente suplantou todas as expectativas com a realização de um brilhante e concorrido certame.

 

Considerações Finais

 

Recorrer à história é um exercício em que procuramos derramar um olhar sobre um determinado período da existência. Na presente narrativa, procuramos deitar um olhar analítico, não nostálgico, como se deu um projeto de ensino concebido e executado há décadas reunindo professores, colaboradores comprometidos a preparar jovens médicos num treinamento com ênfase, não só no viés cirúrgico especializado, mas com atenção a formação de líderes com aptidões de servir a sociedade.

Tornamo-nos, dialeticamente, conscientizados do aspecto dinâmico da história quando as circunstâncias mudam para manter os alicerces de um projeto duradouro. Mister se faz reconhecer que a história é quase sempre repetida por homens. A ideia de analisar um período vivido que tenha envolvido inspirações, trabalho e liderança, acarreta, por justiça, imputar a contribuição de outros. É de insofismável grandeza quando se consegue alcançar um verdadeiro páthos coletivo, ocasião em que raízes se proliferam no espírito dos que a ele se dedicam. É constituinte das bases sólidas de um programa estabelecido reconhecer que ele está sempre em desenvolvimento por ser atado a novas maneiras de pensar e no desenvolvimento tecnológico próprio ao progresso humano. A concepção dessa simbologia da forma da evolução humana, prescinde qualquer estranhamento ao encarar as transformações que a ciência e a tecnologia nos concede.

As mudanças estão ocorrendo de uma maneira vertiginosa, aconselhando-se a acolhê-las e analisá-las, preferencialmente em grupo, obtendo-se assim uma visão de conjunto dos sinais, como isso vem se produzindo, para onde estamos indo, enxergando a mudança. Ao conceito que se atribui ao preparo profissional para melhor desempenhar funções e metas, agrega-se o objetivo de ser líder como uma competência adicional. O profissional líder não deve estar focado apenas na sua competência, mas estar também provido  de habilidades, conhecimentos e atitudes capazes de tornar espontânea a ação de ajudar o outro a desenvolver essas competências. Conscientizando-o assim, de que se tornar um líder solidário é fonte de inspiração para todas as tendências e conexões, caracterizando o que se rotula modernamente de uma liderança distribuída.

Carl Sagan 7 nos ensina que a essência é um processo de autocorreção todo o tempo. O tempo que o presente documento aborda estava longe das assombrosas transformações que a medicina de hoje presencia. Todavia, nem por isso torna aquele profissional passivo ao progresso, porque o médico deve possuir uma forma de estranhamento na ânsia de ver e aprender o mundo em tudo aquilo que o constitui. As mudanças que dotam a ciência e a tecnologia de um poder vertiginoso nas transformações que atingem a sociedade, apontam aceitá-las sempre com um viés crítico. Preferencialmente em análises feitas em grupo, obtendo-se uma visão de conjunto dos sinais sobre como esse processo vem se produzindo e que destino estamos tomando. Possibilita, assim enxergar melhor as mudanças.

Posicionando-se na conformidade dos princípios expostos, o profissional num estado de conexão com outros e com os meios de divulgação científica, capta naturalmente os efeitos da mudança dos paradigmas numa espécie de mutação da sociedade. Apegar-se aos desdobramentos que nos traz o acompanhamento de inteligência artificial, a bioinformática, a nano-medicina e os outros diversos meios de evidenciar o progresso da ciência e tecnologia, nos coloca na prazerosa consciência que o que se busca, pressurosamente é um desenvolvimento que visa ajudar as pessoas e a sociedade a alcançarem uma melhor qualidade de vida. O sentimento que nos alcança é procurar contrariar Winston Churchill,8 quando sentenciava que “a condição de ser velho implicava em viver demais do passado”.

Procuramos o atalho oferecido pela filosofia, quando estabelecendo o conceito do devir, implicando em nos oferecer as mudanças pelas quais passam as coisas. A certeza de que não somos eternos e infalíveis na nossa existência e nos nossos julgamentos nos obriga a optar pela trajetória de procurar contribuir com a sociedade. Para um indivíduo vaidoso custa menos o futuro dos seus trabalhos do que a sua forma. Gerações futuras, por conseguinte, poderão fazer justiça as contribuições dos que se dedicaram ao bem comum. Temos consciência que nenhum homem está presente quando decide seu destino próximo.

Concluindo, enalteço a provocação sobre todos os pontos de análise, assim como a recomendação da nossa Academia, quando nos dá o dever de manter a chama da medicina entre os seus integrantes, apontando o dever de cultivar e estudar o registro histórico da vida e da obra dos acadêmicos inseridos no contexto e nos ditames das circunstâncias. Atividades construídas em bases sólidas com um largo compromisso social, educacional e de transformação da sociedade, albergam inegáveis atributos para se perpetuar na continuidade histórica. As premissas da sua construção estão vinculadas a verdades que convergem para o desenvolvimento e as mudanças que a sociedade continuamente anseia.

 

Notas do Editor

[1] Pascal Bruckner (1948 -) é um filósofo francês que critica a natureza etnocêntrica de alguns aspectos do multiculturalismo, especialmente em sua terra natal.

2 Os trabalhos de Hanna Arendt (1906 - 1975), filósofa que muito influenciou a teoria política dos séculos XX e XXI, cobrem uma ampla gama de tópicos, especialmente aqueles que lidam com a natureza do poder e do mal.

3 Johan Huizinga (1872 - 1945) foi um historiador holandês e um dos fundadores da história cultural moderna. Sua obra mais conhecida é “O Outono da Idade Média” (1919).

4 Luc Ferry (1951 -) é um filósofo e político francês e ocupou o Ministério da Educação de seu país entre 2002 – 2004.

5 Zaratustra (séc. VII a.C?), também conhecido como Zoroastro, foi um antigo profeta iraniano cujos ensinamentos inauguraram um movimento que se tornou a religião dominante na antiga Pérsia do século VI a.C ao século VII d.C.

6 John Archibald Wheeler (1911 - 2008) foi um notável físico teórico norte-americano e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do programa nuclear dos EUA após a 2a guerra mundial.

7 Carl Edward Sagan (1934 - 1996) foi um astrônomo americano cuja contribuição científica mais conhecida é a pesquisa sobre vida extraterrestre, incluindo a demonstração experimental da produção de aminoácidos a partir de produtos químicos básicos por meio de radiação.

8 Sir Winston Leonard Spencer Churchill (1874 - 1965) foi um estadista, soldado e escritor britânico. Serviu como primeiro-ministro do Reino Unido de 1940 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, e novamente de 1951 a 1955. Entre as inúmeras honrarias que recebeu consta o prêmio Nobel de literatura (1953).

Brasília, DF, maio de 2022